tag:blogger.com,1999:blog-1645755035470344918.post2296602028637223657..comments2024-02-06T01:19:36.619-03:00Comments on Medicina Baseada em Evidências: Café Científico com Flávio Fuchs: SPRINT, HOPE e a definição de hipertensãoLuis Cláudio Correiahttp://www.blogger.com/profile/02909537501158073052noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-1645755035470344918.post-79705897606445968362016-04-13T11:27:16.351-03:002016-04-13T11:27:16.351-03:00Sensacional discussão.
Gostaria de ver algo assim ...Sensacional discussão.<br />Gostaria de ver algo assim nos congressos da SBC.<br />Parabéns e obrigado.guilhermepygomeshttps://www.blogger.com/profile/15310896902120507239noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1645755035470344918.post-6025702263218772942016-04-08T22:12:26.282-03:002016-04-08T22:12:26.282-03:00Muito boa discussão. Sou geriatra e tive a infelic...Muito boa discussão. Sou geriatra e tive a infelicidade de perder um avô devido a um TCE decorrente de hipotensão postural causado por uso de diurético em dose inadequada, prescrito pelo seu cardiologista. E frequente no ambulatório ver síndrome depressiva associada a hipotensão. Idosos tem pseudo-hipertensão. Todo cuidado é pouco com o idoso frágil. Mas isso é apenas um fato observado, não tenho estudos para oferecer, como o colega acima, mas estou me educando a buscá-los. Tratamento individualizado é o que eu entendo ser o que a frase do colega acima sugere, "a hipertensão deveria ser definida pelo nível de pressão arterial, em que os benefícios do tratamento sobrepujariam os riscos." <br />Fabio Gonzaleshttps://www.blogger.com/profile/14275900169066205151noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1645755035470344918.post-47612140912122513172016-04-04T18:22:39.109-03:002016-04-04T18:22:39.109-03:00Excelente discussão.
Acho que não existe nada mais...Excelente discussão.<br />Acho que não existe nada mais matemático na medicina que a associação do incremento dos valores de PA com aumento do risco cardiovascular. Entretanto, a despeito do estudos demonstrarem um aumento do risco para cada incremento de pressão a partir dos níveis de 115 por 75, acho que uma pergunta cabível é: Será que não existe um limite, um ponto de inflexão onde não existe mais reversibilidade.<br /><br />Não só o Hope-3, mas o Hot study ( Hypertension Optimal Study) que foi realizado com 19 mil pacientes demonstrou que a redução de desfechos duros ocorreu quando atingiu-se níveis pressóricos de 138 por 82,6, e abaixo disso não houve diferenças significativas na redução de desfechos importantes, a despeito do uso de BCC associados em segundo passo a BB ou IECA e até clortalidona caso não se atingissem as metas pressóricas alvo. <br /><br />Outro ponto sobre o SPRINT é que além da ausência do desvio-padrão, a maneira como foram aferidas a pressões se distanciam muito da realidade clínica e os valores pressóricos em ambos os grupos puderam ser superestimados. Basicamente os participantes do SPRINT aguardavam em uma sala silenciosa por 5 minutos, em seguida um aparelho automático media a PA por 3 vezes, com intervalo de vários minutos, registrava e calculava uma média de PAS, tudo isso sem a presença do médico na sala. Os níveis pressóricos poderiam ter sido diferentes com outro aferidor e pode ter ocorrido até overtreatment em alguns pacientes.<br /><br />Sobre o AVC, o SPS-3 não encontrou diferenças entre os grupos, e o ACCORD-trial mostrou uma menor incidência de AVC no tratamento intensivo , mas era desfecho secundário - apenas gerou hipótese.<br /><br />Enfim, acho esse debate muito enriquecedor e estou aprendendo muito. Me lembrou a polêmica Platt-Pickering sobre a definição dos níveis para HAS e associação com riscos cardiovasculares. Tem coisas que demoram a mudar, visto a complexidade dos fatos. Talvez nossos instrumentos de pesquisa - os ECRs sejam ainda limitados pra dar a resposta correta, visto resultados que são ocultados ( desvio-padrão no Sprint, o dilema da ICC) baixo poder estatístico para detectar diferenças na redução de AVC em desfechos combinados e etc.)<br />Mas, lendo um artigo Rev Bras Hipertens 8: 195-200, 2001, fique intrigado com a seguinte frase: " Do ponto de vista científico, o risco de eventos coronários e cerebrovasculares<br />é um contínuo com a pressão arterial. Porém, na atividade médica, faz-se necessário definir-se quando o tratamento deve ser iniciado ou não.Logo, a hipertensão deveria ser definida pelo nível de pressão arterial, em que os benefícios do tratamento sobrepujariam os riscos." <br />Acho que não podemos esquecer da reversibilidade e da aplicabilidade de todos esses conceitos - isto porque acho que não adianta estabelecer algo pouco aplicável. Reduzir a pressão a níveis agressivos pode implicar realmente em redução de mais eventos duros, mas talvez não existam diferenças tão grandes em relação aos tratamentos usuais ( mais flexíveis) e que vem acompanhado de menos efeitos adversos.<br />No final temos que exercer uma medicina de ajuste(alfaite?), tateando os conceitos estabelecidos e propondo o que é melhor para nosso paciente com base em sua resposta.<br /><br /><br /><br /><br />Lucashttps://www.blogger.com/profile/04301562446719487623noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1645755035470344918.post-47640917820079125602016-04-04T10:13:43.172-03:002016-04-04T10:13:43.172-03:00Penso esse blog ser uma das principais referências...Penso esse blog ser uma das principais referências para o estudo da MBE !!<br />Discussão épica !<br />Muito obrigado , Luís e Flavio pela enorme contribuição nessa discussão sobre os resultados desses ensaios , jamais veremos uma discussão como essa em congressos .....<br />Parabéns !!<br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/01328282341946212886noreply@blogger.com