tag:blogger.com,1999:blog-1645755035470344918.post7140285619674866654..comments2024-02-06T01:19:36.619-03:00Comments on Medicina Baseada em Evidências: Análise Crítica das Evidências Internas: a quinta dimensãoLuis Cláudio Correiahttp://www.blogger.com/profile/02909537501158073052noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-1645755035470344918.post-6509906472677625492019-10-21T09:47:46.914-03:002019-10-21T09:47:46.914-03:00Prezado Luis, mais uma vez parabéns pela reflexão....Prezado Luis, mais uma vez parabéns pela reflexão. <br />Contribuindo:<br />1) Não percebi diferença substancial entre o conceito de "evidências internas" e o de "viés cognitivo", ao menos quando falamos de evidências internas sem coerência externa: são nada mais que crenças, dogmas, preconceitos, vieses. Sua origem (supostamente) interna ou externa não modifica sua natureza dogmática, e sua influência interna (e normalmente inconsciente) se expressa na forma de enviesamento.<br />Parece, à primeira vista, irrelevante falar das semelhanças/diferenças entre esses conceitos, mas não é: vieses e, porque não, falácias, são objeto de estudo da lógica e da filosofia há milhares de anos.O novel conceito de "evidência interna" não apenas é desnecessário para enfrentar o problema como pode nos afastar de extensa contribuição teórica na área. <br /><br />2) Por outro lado, um conceito relativamente recente merece atenção quando pensamos nas últimas etapas do processo decisório, na hipótese de que haja conflito entre essas evidências (externas e internas), o que intuo seja mais a regra que a exceção: a dissonância cognitiva.<br />O problema do impacto da dissonância cognitiva no processo decisório é que ela não tem a ver com qualidade da evidência e nem mesmo com o "custo" de sua busca (lei do menor esforço, e que mencionastes como "conforto"), mas sim com o sofrimento que produz: continua sendo um problema de economia, apenas que não de energia e sim de emoção. <br /><br />3) Ao contrário do que a imagem usada para ilustrar o post faz parecer - e que alguns comentaram aqui - a verdade não está no meio. Nem isso está no aforismo aristotélico (que tratava do equilíbrio e no do ponto central) e nem no brocado latino (virtus e veritas são palavras e conceitos diferentes): epistemologicamente falando, a verdade está onde está. Se o melhor MÉTODO para chegar a ela é um equilíbrio entre conhecimento científico e intuição, ainda teríamos que definir o ponto onde se encontra esse equilíbrio, para cada caso concreto.<br />Forte abraço!!!Sami El Jundihttps://www.blogger.com/profile/10435505855658543212noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1645755035470344918.post-10409419241995891242017-09-19T08:51:48.701-03:002017-09-19T08:51:48.701-03:00Caro Luís,
Percebo uma dimensão "ético-filos...Caro Luís,<br /><br />Percebo uma dimensão "ético-filosófica" nessa sua afirmação. Como diria a canção, um (bom) médico é sempre um cientista, "a fim de saber / averdadeira verdade"!<br /><br />A busca do viés em si próprio é um passo necessário do processo. O médico deve avaliar de uma maneira tão desprovida de emoção como possível: os sinais e sintomas do paciente, suas reações emocionais, e o que aquele processo representa em sua vida. Constrói assim o chamado "quadro clínico", Interroga o paciente, e lhe deseja "aonde quer chegar" (Quando aprendi isso estava incluído na chamada "Queixa Principal"). <br /><br />Daí com base em sua Ciência o médico elabora a intervenção (terapêutica e/ ou diagnóstica), pactua seu cumprimento com o paciente e marca o retorno (época em que será reavaliada a "Queixa principal".<br /><br />Bem, eu considero que cada paciente é um experimento. Então nós fazemos os passos de 1 a 4, até resolver a "queixa principal". Se alguma coisa não dá certo, reavaliamos. Aquelas intervenções de sucesso, aplicamos em nossos outros pacientes.<br /><br />Mas é claro que 1-2-3-4 não podem ir contra o senso comum, ou ontra a ética e ciência vigentes.<br /><br />O que se passa é que hoje temos, por exemplo: um sem-número de anti-hipertensivos; diversos padrões de "dieta saudável"; diversas maneiras de se abordar um paciente com Diabetes Melitus, etc. Todos potencialmente validos, desde que se aceitem as premissas de cada um (prazo de efeito, efeitos adversos, hábitos que a pessoa deve sacrificar etc.)<br /><br />Então além da "Queixa Principal" nós deveríamos perguntar ao paciente quel é a sua "Solução Pricipal" -- Isto é, dentre as soluções plausíveis, qual a que mais lhe agrada?<br /><br />Aí ficamos é claro com o ônus de explicar, bem explicadinho, o que representa cada uma (quando por vezes nem semproe nós temos 100% de certeza, pois não conhecemos por exemplo as isoenzimas daquele paciente).<br /><br />Então no meu entender a questão principal não está na Medicina Baseada em Evidências (um instrumento que considero formidável), mas na Medicina e na maneira como ela é aplicada.<br /><br />A quinta profissão é nossa de direito como profissionais. Por exemplo, eu jamais indicaria um procedimento que vai contra meus ppricípios básicos, ou contra a legislação, ou o qual não me encontro habilitado a executar. Na melhor das hipótesies, indicaria um outro profissional.<br /><br />Mas faço aqui uma digressão. Os Romanos diziam: <br /><br />"Quis custodiat custodes?" -- "Quem vigiará os vigias?"<br /><br />Taí uma resposta que ainda não encontrei na Evidence Based Medicine.<br /><br />- Victor Lage de AraujoTANGRAMhttps://www.blogger.com/profile/01086544297833478452noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1645755035470344918.post-52738055942860802292016-08-17T12:05:33.241-03:002016-08-17T12:05:33.241-03:00Perfeito! Muito inspirador!
Deveríamos ler isso to...Perfeito! Muito inspirador!<br />Deveríamos ler isso todo dia para não sermos "corrompidos pelo sistema" e tornar-mos mecanicistas!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1645755035470344918.post-55344016718846174382016-08-01T14:31:02.183-03:002016-08-01T14:31:02.183-03:00Luiz, artigo brilhante como sempre e extremamente ...Luiz, artigo brilhante como sempre e extremamente pertinente e verdadeiro. Nossas crenças, preferencias e opiniões influenciam nossas decisões e seu artigo nos dá um caminho de como lidar com isso. Nós tendemos a valorizar os dados que vem de encontro ao que acreditamos e subestimar os dados que nos contradizem, inclusive nas decisões médicas. Vou considerar suas reflexões daqui para frente, pode ter certezaLilia Maiahttps://www.blogger.com/profile/16285768871842373051noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1645755035470344918.post-40331690885050318452016-07-31T13:25:04.819-03:002016-07-31T13:25:04.819-03:00Por que não buscar uma medicina baseada na promoçã...Por que não buscar uma medicina baseada na promoção de uma vida saudável? Que busque evidências numa ciência que investigue caminhos e soluções para se promover uma vida mais saudável?<br />Focar na doença(ao invés da saúde) parece o mesmo que acreditar que ao eliminar um sintoma irá curar o indivíduo!<br />Um ser humano não é uma máquina, a expressão da emoção tem muita influência na saúde do organismo. A verdade não exclui a emoção! <br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1645755035470344918.post-63654333083917074172016-07-30T13:01:19.874-03:002016-07-30T13:01:19.874-03:00Ótimo texto professor! Acredito que o problema vá ...Ótimo texto professor! Acredito que o problema vá muito além da decisão médica, sendo na verdade um reflexo da irracionalidade de muitas das decisões que tomamos no dia a dia. Como seres humanos, pensamos que temos controle sobre nossas escolhas, mas estamos alheios aos inúmeros fatores que nos iludem e secretamente manipulam nossas mentes, nos influenciando ao tomar decisões e nos distanciando do racional.<br /><br />Sugiro estes dois vídeos aqui:<br />https://www.youtube.com/watch?v=V2EMuoM5IX4<br />https://www.youtube.com/watch?v=9X68dm92HVI<br /><br />O primeiro fala de como o método heurístico afeta nossas decisões, e o segundo fala sobre comportamentos irracionais.Rogério Antonhttps://www.blogger.com/profile/17937133042204501972noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1645755035470344918.post-59340429534813786642016-07-30T08:42:31.503-03:002016-07-30T08:42:31.503-03:00O encontro de 2 seres humanos realmente é permeado...O encontro de 2 seres humanos realmente é permeado de tantas questões..... 2 subjetividades com uma história de vida, crenças, valores. A ciência permear as decisões é essencial, mas determiná-las é um passo além. Parabéns pela reflexão, o conhecimento realmente pode estar entre a verdade e a crença. "A medicina é uma ciência de verdades transitórias"... Ou seja, nem a verdade é desvinculada de um pano de fundo cultural e histórico. (http://paulolotufo.blogspot.com.br/2008/09/medicina-cincia-das-verdades.html)Anônimohttps://www.blogger.com/profile/05650058926991151831noreply@blogger.com