sexta-feira, 20 de março de 2020

Hidroxicloroquina: o dia em que a ciência parou



O mundo não experimenta apenas a epidemia de coronavírus. Progressivamente fomos tomados por outras duas epidemias: do medo e da informação. Ontem, em menos de 12 horas, instalou-se a quarta epidemia: a da irracionalidade científica. Mais abrupta que as outras, experimentamos um ponto de inflexão: o dia em que a ciência parou. 

Tudo começou de manhã cedo. Eu subia as escadas do hospital em direção a minha sala, quando recebo a cópia de um artigo francês, enviado por um amigo que é uma das maiores referências mundiais no estudo de malária. Um cientista puro. O trabalho testara o benefício da hidroxicloroquina para o tratamento da COVID-19. A conclusão indicava que “o tratamento com hidroxicloroquina é significativamente associado a desaparecimento da carga viral” na doença em questão.

“... hydroxychloroquine treatment is significantly associated with viral load reduction/disappearance in COVID-19 patients”

Naquele primeiro lance de escada, comentei que este era um assunto para cientistas como ele, mas ainda não para corredor de hospital. Ele concordou. Minha resposta foi um tanto intuitiva, de relance. 

Já no segundo lance de escada (são apenas dois andares), me surpreendi com uma mensagem de um colega intensivista, mencionando que o estudo estava tendo grande repercussão nos grupos de medicina crítica. Comentei que já sabia (há 15 segundos).

Chegando ao corredor onde fica minha sala, me deparo com o coordenador das UTIs de meu hospital, que me expressou uma visão crítica a respeito do que estava acontecendo, embora todos ainda estivéssemos sem saber em detalhe do que se tratava. 

Ao longo do dia foram incontáveis mensagens apontando o estudo francês, culminando no anúncio do presidente Trump de que o FDA houvera aprovado a hidroxicloroquina para o tratamento do COVID-19.

"We have to remove every barrier or a lot of barriers that were unnecessary and they've done that to get the rapid deployment of safe, effective treatments" 

Trump acha que o rigor científico do FDA seria uma barreira desnecessária. Nessa irracionalidade, Trump não está sozinho. Muitos argumentam que em momentos de crise devemos reduzir este rigor. Há notícias que hospitais de referência incluíram este tratamento como opção em seus protocolos. 

Neste artigo, pretendemos abordar a inusitada qualidade do trabalho francês. No entanto, esta discussão perde o sentido diante de um ecossistema clínico em que evidência de qualidade é considerada “desnecessária devido à gravidade da situação”. 

Desta forma, mais do que uma discussão metodológica, precisamos aprofundar a interface do raciocínio clínico com a dimensão epistemológica da ciência. 


Coronavírus: devemos abandonar o ônus da prova?


No dia de hoje, a ciência parou e deu lugar a observações do tipo “nesta situação crítica, não podemos colocar barreiras científicas”. No entanto, estas observação carecem da diferenciação entre duas dimensões: sistêmica e a individual. 

Epidemia é uma situação sistêmica. Considera-se que a epidemia de coronavírus é potencialmente grave. Temos assim uma grave situação sistêmica, cuja conduta indicada são medidas populacionais  de redução da transmissão. Medidas de alto custo, que se julgam necessárias pela gravidade sistêmica. 

Por outro lado, uma vez adquirindo a doença, a análise de um paciente se torna individual e não sistêmica. Mesmo que uma doença tenha origem em uma epidemia, o tratamento do doente tem dimensão individual.

O doente tem um risco individual de morte e o tratamento oferecerá uma redução relativa do risco a este doente. Nesta dimensão individual, raciocinamos com probabilidade de desfecho indesejado em um paciente (risco individual). O risco individual é estimado pela mortalidade geral da doença. A mortalidade do coronavírus (dentre indivíduos que chegam ao diagnóstico) é de 2-3%. Observem que esta é uma mortalidade menor que sepse ou infarto do miocárdio. 

Sendo assim, a COVID-19 não representa uma condição em que se justifique a violação do ônus da prova científica. Se COVID-19 fosse o caso de dispensar evidências de tratamento individual, abandonaríamos evidências em muitas outras doenças agudas, cujos tratamentos são pautados na verdadeira demonstração de eficácia.

Portanto, aqueles que argumentam estarmos diante de uma situação em que se faz necessário a perda da integridade científica, na escolha de tratamentos individuais, estão confundindo as dimensões sistêmicas e individual. 


Quando evidências empíricas são desnecessárias?


Evidências empíricas de um tratamento são desnecessárias quando leis da natureza garantem a eficácia, independente de uma eventual comprovação empírica. Estas são situações de “plausibilidade extrema”, exemplificadas pelo paradigma do paraquedas, quando a lei da gravidade assegura a eficácia. Ventilar um paciente insuficiência respiratória extrema se encaixa nesta situação.

Uma variante da plausibilidade extrema são condições sem eficácia garantida da conduta, mas com prognostico negativo inexorável. Por exemplo, quando temos um quadro clínico de fatalidade garantida, em algumas situações, pode-se considerar a adoção de um tratamento empiricamente não comprovado. No entanto, esta conduta deve se restringir a tratamentos de efeito intermediário garantido. Por exemplo, ECMO na insuficiência respiratória ou circulatória extrema. Mesmo que não saibamos se no final das contas reduz mortalidade, sabemos que o tratamento tem um efeito garantido nas trocas gasosas ou circulatório. Este efeito intermediário é uma condição básica para que um eventual efeito benéfico final se faça presente. 

O caso do coronavírus não corresponde a condições de plausibilidade extrema. Primeiro, não temos uma doença de fatalidade inexorável, pelo contrário. Segundo, hidroxicloriquina não tem um efeito intermediário garantido.


Preciosismo científico?


Importante perceber que o rigor científico não serve à ciência. O rigor científico serve à sociedade e aos indivíduos. Ciência não é um fim, é um meio.

A tentativa de baixar o crivo da ciência carece da visão econômica sob a ótica probabilística. Economia no sentido de balancear consequências positivas e negativas. Probabilidade no sentido de reconhecer que benefícios e a consequências não intencionais têm imprevisibilidade. 

O benefício de um tratamento comprovadamente benéfico é probabilístico. O que oferecemos ao paciente é uma probabilidade. Ao reperfundir um paciente com infarto do miocárdio, temos uma probabilidade de 5% em salvar uma vida. Por isso que precisamos tratar 20 para beneficiar 1 (o paradigma do NNT). 

Se além disso, não sabemos se o tratamento é benéfico, a probabilidade vira condicional, ou seja P1 (probabilidade de benefício individual) x P2 (probabilidade do conceito científico ser verdadeiro). A multiplicação de duas probabilidades resulta em um probabilidade bem menor. 

Outro fator que não sabemos é o caráter do benefício: é prevenção de morte, de complicações, rapidez de recuperação, controle de sintomas? Estamos diante de uma pequena probabilidade de beneficiar e nem sabemos que tipo de benefício. 

Do outro lado, consequências não intencionais são múltiplas, desde algumas mais previsíveis a outras que nunca imaginaríamos. Neste caso não temos probabilidade condicional (P1 x P2). São muitas probabilidades, uma para cada tipo de consequência, e essas probabilidades de somam (P1 + P2 + P3 + P4 .....). 

Esta é a  base para o princípio da hipótese nula: partimos da premissa de não existência do benefício até que se prove o contrário. Isso não é apenas uma técnica científica, é um pensamento pragmático

Pode haver consequências clínicas negativas como efeitos adversos, interações medicamentosas. No entanto, julgo mais escalável as consequência indiretas: 

Primeiro, a dispersão dos esforços e atenção para condutas fúteis, em detrimento da valorização do básico, a qualidade assistencial. Diante de uma situação crítica, devemos nos concentrar para fazer de melhor o que devemos fazer, ao invés de nos distrairmos com condutas que não sabemos se devemos fazer. O impacto da qualidade assistencial (impossível de ser perfeita) em geral é imensurável e tente a ser maior que tratamentos específicos; 

Continuando as consequências indiretas: fadiga cognitiva da equipes médicas com um amontoado de informações inúteis; a falsa esperança; o uso político; o marketing clínico baseado em fantasia. No início desta epidemia, a comunidade médica criticava profissionais que tentavam vender suas terapias ortomoleculares ou coisas do gênero. Por que agora estamos fazendo o mesmo?

Essa discussão não corre em prol da proteção da ciência. Serve para protegermos nossa racionalidade, nosso paciente, nossa sociedade. 



O Artigo Francês


Este artigo é um aglomerado de vieses. Mas não são apenas vieses clássicos, há condutas que nem constam nos tradicionais checklists. Algo caricatural. Foram 26 pacientes que utilizaram hidroxicloroquina versus 16 pacientes controles. Um hospital de Marselha recrutou pacientes para o tratamento e outros centros de outras regiões recrutaram os controles. O desfecho foi substituto: a negativação virológica do swab nasal no sexto dia. 

At day6 post-inclusion, 70% of hydroxychloroquine-treated patients were virologicaly cured comparing with 12.5% in the control group (p= 0.001).  

Primeiro, viés de confusão. Randomização serviria para evitar o viés de confusão, o que não ocorreu. Mas este estudo vai além, ele causa viés de confusão. Não prevenir não é o mesmo que causar. 

O inusitado: pacientes de Marselha que recusavam o tratamento continuavam no estudo como grupo controle! Isso provoca grande heterogeneidade basal entre os grupos, pois pacientes que recusam são diferentes de pacientes que aceitam. Ao recusar um tratamento, os paciente não deveriam ser incluído no estudo. Na verdade, em um ensaio clínico, potenciais voluntários não recusam tratamento. O que eles recusam é entrar no estudo.

Seguindo o padrão de irracionalidade, pacientes que se encaixavam em critérios de exclusão (comorbidades, contraindicações à droga), eram incluídos no estudo como grupo controle. Pacientes mais graves, antes no grupo droga, foram transferidos para o grupo controle. 

Segundo, o estudo exclui do grupo tratamento pacientes que não completaram o tratamento, em um grosseira violação do princípio da intenção de tratar. Inadequadamente denominam isso de “loss of follow-up”. Não houve perda de seguimento, os pacientes continuavam disponíveis para ser avaliados. Na verdade, esta é uma análise por protocolo, em que 6 dos 26 pacientes saíram do estudo: 3 porque foram para a UTI, 1 porque morreu (!!), 1 porque teve náusea e outro teve alta hospitalar. Dos 6, 5 pacientes não continuaram o tratamento porque pioraram! E estes foram excluídos do grupo controle.

Terceiro, há possibilidade de viés de desempenho promovido por diferenças nas condutas gerais entre os grupos. Estudo aberto, grupo tratamento em hospital diferente do grupo controle. Devemos procurar sinais: espontaneamente 6 pacientes do grupo tratamento receberam azitromicina. Não que azitromicina vá resolver nada, mas isto é um sinal indicativo de maior atenção ou indicação de cuidados adjuntos. 

Quarto, risco de erro aleatório. Este é claramente um estudo pequeno, o que aumenta sobremaneira a probabilidade do erro aleatório. O cálculo amostral traz a ilusão de 85% de poder. No entanto, não apresenta a premissa de positividade do swab no grupo controle e estima uma inusitada eficácia de 50%. Algo bom demais para ser verdade para a maioria dos tratamentos, quanto mais para este de baixa probabilidade pré-teste. Portanto, aqui temos um estudo pequeno, com alto risco de erro aleatório. E para que um estudo pequeno consiga demonstrar “significância estatística”, esta precisa que ser tão grande que se torna “boa demais para ser verdade”. 

É uma redução relativa de 82% no positividade. Isso normalmente não acontece. No entanto, devemos reconhecer que para tratamento antibiótico esta grande magnitude de efeito pode acontecer. Por exemplo, se compararmos antibiótico com placebo em infecção bacteriana grave, o tamanho do efeito seria muito grande. Por outro lado, devemos evitar a ilusão de que estamos usando um antibiótico para o coronavírus.

Por fim, aqui estamos diante de um resultado laboratorial, o que conhecemos como desfecho substituto. Mesmo que considerássemos esse resultado confiável, ainda haveria uma grande incerteza do benefício clínico. 

Por tudo isso, este é um estudo a ser descartado, por seu alto risco de viés e acaso. Em um pensamento científico bayesiano, este estudo não aumenta a probabilidade da hipótese ser verdadeira. 


A Probabilidade Pré-teste


Há evidências de que a droga tem ação antiviral in vitro. Isso traz plausibilidade, que não deve ser confundida com probabilidade. A probabilidade é principalmente influenciada por dados clínicos geradores de hipótese (análise específica) e comportamento do ecossistema científico em casos semelhantes (análise genérica). Não temos dados empíricos prévios e é incomum que tratamento de um tipo de condição (malária, protozoário) tenha eficácia relevante em outra condição (viral). A estimativa probabilística deve ser feita assim, pensando no todo, e não na especificidade trazida por argumentos de plausibilidade. 

Desta forma, começamos por um tratamento de probabilidade pré-teste muito baixa, nos deparamos com um estudo que não tem valor em modificar esta probabilidade, e terminamos com a ilusão de um tratamento com alta probabilidade de benefício. O que aconteceu com nossa mente científica?



O Preço da Irracionalidade


Certa feita um velho encontrou um vírus na estrada e perguntou: para onde você está indo? O vírus respondeu que estaria indo matar 10.000 pessoas em uma certa cidade. Dias depois, o velho encontrou novamente o vírus e perguntou: porque você matou 100.000? O vírus respondeu: eu matei apenas 10.000, o resto morreu de medo. 

Em tempos segurança real moderadamente reduzida (consideremos o denominador), temos nossa segurança perceptível severamente afetada. A epidemia de coronavírus cedeu o protagonismo para  à epidemia do medo. A percepção da realidade é alterada por um viés de confirmação voltado para o pior cenário. Ao final do dia, o placar estatístico registra as piores notícias, os piores países, o número de doentes, o número de mortes, silenciando aqueles os que permanecem saudáveis, os que se curaram ou os países de menor impacto da doença. A interpretação do passado é enviesada. 

Já a predição do futuro tem esquecido que um intervalo de confiança que contém os extremos do pessimismo e otimismo. A ciência da predição e tomada de decisão probabilística deu lugar a decisões baseadas em medo.

Mesmo em situações não indicadas, preferimos usar máscaras que escondem nossa expressão facial, perdendo oportunidade de expressar um sorriso de esperança e otimismo. Não precisamos de hidroxicloriquina. Precisamos de um remédio para a irracionalidade, pois esta tem impacto potencial mais escalável do que o coronavírus. 

A perda da racionalidade pode ter um preço muito maior do que pensamos. Esse é valor da ciência, nos lembrar do incompreensível valor da incerteza e da racionalidade.

96 comentários:

  1. Realmente, difícil saber se estamos do lado racional. Penso, se não seria melhor deixar os mais jovens expostos inicialmente e sem contato com grupos de risco para conseguir ir imunizando a população aos poucos. Você concorda com essas medidas de isolamento em larga escala para essa doença com baixa letalidade? Parece que estamos sendo egoístas se não o fizermos.

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    1. Me parece que Holanda está fazendo algo assim, deixando a imunização natural ocorrer aos poucos. É um raciocínio visto em muitos casos

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    2. Parece que a Holanda desistiu desse tipo de abordagem!!! A estimativa era de mais de 500.000 pessoas infectadas ao mesmo tempo

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    3. Inglaterra propôs isso e ja voltou atrás. Muitos países ja tem demonstrado que os jovens estão sendo hospitalizados em estado grave.

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    4. Moro na Holanda, escolas, universidades, bares e restaurantes fechados. A ofientação é ficar em casa.

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    5. Não, não seria melhor.

      Isolar os jovens não é uma boa abordagem porque isso seria apenas "guardar o vírus" no corpo deles pra ir espalhando-o mais tarde e por mais tempo.

      O Reino Unido até queria fazer isso (na verdade chegou a adotar essa medida logo no início) mas mudou drasticamente de ideia após os estudos de previsão concluírem que daqui a alguns meses, praticamente 80% da população de lá estaria infectada se eles continuassem com essa tal ideia de 'deixar os jovens se infectarem e adquirirem imunidade por conta própria'.

      No mais, apesar da baixa letalidade, já sabem que o vírus pode deixar sequelas permanentes nos pulmões.

      Não sei se você conhece o Atila Iamarino, do canal Nerdologia, enfim, o cara tem pós-doutorado em virologia, evolução dos vírus e tal, essa é a area dele, e nesse dia 20/03 ele fez uma live com os dados mundiais atualizados, explicados e tudo mais. A live é bem longa, tem uma hora de duração, mas é também muito séria e esclarecedora. Vale muito a pena dar uma olhada. Lá ele explica melhor porque essa abordagem aí não é recomendável.

      https://www.youtube.com/watch?v=zF2pXXJIAGM

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  2. Muito lúcido o artigo. Pode ser uma nova fosfoetanolamina. O risco é o uso indiscriminado desta medicação que pode alargar o QT e causar arritmia fatal.
    Talvez pela sua ação in vitro possa ser usado em situações de elevada gravidade, em casos selecionados, visto não termos outra alternativa (melhor evidência disponível).

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    1. Então para o autor a reação ao coronavirus é que é exagerada? Ou simplesmente uma ferramenta política?
      Aqui milhares de pessoas estão sem o ganha pão, e diversas empresas fecharam. A questão é um exagero então? Sem tocar no ponto que cada vida é preciosa e deve ser protegida.

      Como o autor deste texto me fala que a amostragem de controle não é válida por ser formada por pacientes que não quiseram ser parte do estudo dizendo que isso indica não estarem em estado grave? Em um processo científico seria melhor que fossem todos formados por pacientes com interesse em participar do estudo? Claro! Mas isso também quer dizer que os pacientes de controle estavam melhores de saúde do que os que passaram pelo tratamento! O que só mostra que a diferença de resultados poderia ser ainda maior se o grupo de controle fosse formado por pacientes em estado mais grave, jogando a favor do sucesso do tratamento! Reafirmo: o mundo parou! Pessoas estão morrendo! E o autor do estudo Francês revelou tudo o que fez justamente para que tudo fosse levado em consideração pelos milhares de médicos em todo o mundo tentando tratar a doença!
      Sem falar que na pequena amostra dele, explicada em detalhes para que todos os fatores pudessem ser levados em consideração foram declarados no estudo Francês, 100% dos “tratados” apareceram com zero vírus no 6o dia. Esse é o grande dado!
      Não vejo problemas em se utilizar a droga em pacientes em situação grave, é claro que não!
      E o próprio princípio da não maledicência? Existem riscos? Claro! A própria cardiotoxidade é um problema. Quantas coisas (drogas e etc) off-label são utilizados pela medicina hoje?
      Uso indiscriminado pode sim ser maléfico, mas médicos são treinados para isso mesmo, pesar os benefícios e malefícios, levando em consideração o estado do paciente e o bom senso do médico.
      Particularmente no meu pequeno conhecimento técnico de tudo, estamos vivendo uma ação política de disseminação do caos, apoiada em uma pandemia. A esquerda jamais deixou de aproveitar o caos para empurrar sua agenda.
      Mas pessoas estão morrendo, perderam e estão perdendo emprego, empresas fechando. Talvez a vida esteja normal para o autor que escreveu o artigo para o restante do mundo a coisa ta preta! A simples esperança de cura já é motivo de suporte e aplausos. Enquanto a crítica do autor não agrega absolutamente nada em termos de solução ou ação em busca de solução.

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    2. A fosfoetanolamina inicialmente demonstrou-se ineficaz nas condições bioquímicas que foram utilizadas na pesquisa, além da posologia insuficiente que prescreveu-se no controle usado pela pesquisa governamental. Pena que não se fez o mesmo alarde quando ano após esses dados da estabilidade do produto e da posologia foram levados a nova pesquisa com resultados divergentes do inicial. Hoje sabemos que alguns tumores respondem, outros podem até piorar com ela. Nada como o tempo e a observação dialética.

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    3. Além da cegueira que pode ser causada

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    4. A fosfoetamolanina é a cura do câncer..Assistam todos os vídeos do you tube e o relato , tanto do cientista e os médicos envolvidos quanto dos pacientes curados. As seções no senado e a tentativa de compra da patente do doutor, inclusive da adulteração da fórmula nos testes da USP coordenada pelo Sírio Libanês. Não cabe a comparação, haja vista que os casos de cura do câncer já ultrapassam 1200 casos.

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  3. Muito boa. O problema é que a comunidade médica adotou a política de isolamento social utilizada pela China, e qualquer coisa que você tenta falar contrário é execrado. Teve colega médico indicando dose profilática de hidroxicloroquina

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Como Engenheiro, com um mestrado já nas calendas em Engenharia Biomédica, que não pratiquei, considerei o artigo claro e de muita qualidade. Excelente mesmo!

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  6. Parabéns pelo texto e pela análise.

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  7. Diante de um familiar em estado grave na UTI, você daria a medicação?

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  8. Discordo parcialmente, acredito que o uso desse medicamento não será pior que a não medicação do coronavirus, em casos selecionados o próprio uso empírico e a própria evidência clínica pode levar uma indicação mais robusta ou o seu abandono posteriormente sem prejuízo a saúde da população em geral. O medicamento é seguro e conhecido seus efeitos adversos, usado apenas e exclusivamente no tratamento pode significar em resultado positivo ou resultar em desuso do medicamento. Porque não? Não vejo motivo que impeça os profissionais de testar clinicamente isso em paralelo as pesquisas em andamento...

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    1. O "por que não?" foi respondido no artigo.

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    2. Joga tudo na parede e vê se cola?

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    3. Jogar tudo na parede e ver se cola é melhor do que não fazer nada.

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    4. Não necessariamente, o viés do medico ativo é um exemplo. Ademais nesse caso a medicação não foi controlada por placebo ou com tratamento padrão pra termos essa resposta acima. Preservar a hipotese nula também garante segurança.

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    5. Aí é que está. NÃO É. E não exemplos disso.
      Lembrando que a máxima da medicina nao é é nem nunca foi: "Cure tudo", "Faça tudo". É "primeiro não cause dano".

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    6. Excelente artigo pra variar e ótimo comentário Martha Mariana: Primum non nocere..=)

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  9. O artigo é muito bem escrito e aborda a metodologia científica e seus rigores. Esquece, entretanto, que para quem está na UTI com 3% de chance de morrer e morre, suas chances foram 100% e não 3% . Nesses casos eu, se fosse médico, não hesitaria em administrar uma droga conhecida e já utilizada em humanos para outras doenças. Não faria isso, evidentemente, com uma droga experimental ou desconhecida.

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    1. nesse caso, façamos uso de antirábica? vacina pra sarampo? todos os imunomoduladores, todos ao mesmo tempo ou um por vez? que dose?

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  10. Parabéns pela iniciativa e didática. Ciência sempre

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  11. Lúcido o comentário de 20 de março às 12:46. Concordo. Os colegas não estarão prescrevendo cloroquina a pacientes com contraindicações.

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  12. Excelente texto! A ciência vem se perdendo na fé em si própria e esquecendo que é inerente à ciência a dúvida e incerteza. O papel deificado dela tem confundido muita gente. Neste caso em particular tenho um adendo: é uma situação nova, ´´virgem´´ de conhecimento. É como se de repente fôssemos os primeiros habitantes do planeta. E tudo que é novo carece do que costumamos ter como ´´ideal de evidência´´; aliás, o ideal de evidência é justamente o uso de nossos sentidos (no jargão médico, nosso ´´feeling´´). Nessas situações a intuição (testes in vitro já são um pequeno avanço) têm utilidade não desprezível. A pergunta que acho que deve ser feita por nós é: na ausência de estudos robustos (ex. situação nova), o bom senso e a intuição ganham terreno (carregada de seus potenciais erros - assim como tomar canja de galinha da avó). Nestes casos, como ´´dosar´´ se o bom senso e a intuição poderão ser mais prejudiciais do que não fazer absolutamente nada (lembrando que não fazer nada PODE ser melhor do que fazer algo)? Acredito que é neste momento que o princípio da ´´não-maleficência´´ surge como primeira regra básica na análise de qualquer intervenção (ex. a canja de galinha pode não melhorar, mas poderia piorar? acredito que não!).
    O que se tem da HCQ é que IN VITRO PARECE ter algum benefício. Isso ocorre na prática? Não sei! Mas a pergunta que surge é: se não trouxer benefício, tem malefício? Pelo que conhecemos é uma droga com bom perfil de segurança e baixa toxicidade (especialmente se uso pouco tempo e doses não superiores a 5-6mg/kg/dia) mas que pode conferir risco sim (ex. cardiotoxicidade). Então, diante dos escassos dados,óbvio que agências NÃO PODEM autorizar o uso de nada, mas na prática clínica, usamos quantas coisas ´´off-label´´? Talvez estejamos errados em todas ou talvez certos… Só Deus sabe! Acredito que médicos que estão lidando com os casos mais delicados, se lançarem mão do tratamento, podem não estar respaldados na medicina baseada em evidência, mas isso implica estar errado ou infligindo mais risco do que benefício? São pontos que valem a reflexão. Sem dúvida o uso indiscriminado (de forma profilática ou em casos gripais leves) JAMAIS DEVE SER RECOMENDADO, pois o dano PODE ser maior do que o benefício que se propõe trazer NESTES PACIENTES. No entanto, nos casos que já estão internados, o risco de não fazer a droga ou de um evento adverso, supera seu potencial benefício?

    Obrigado pela oportunidade.
    (Escrevi algumas vezes mais o acaso não permitiu que fosse carregado o comentário).

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  13. Muito lúcido os comentários de 12:46 e 13:19. Acredito que colegas que estão cuidando de portadores de covid 19 não iriam prescrever cloroquina em casos de contraindicação. Às vezes, no lugar do consenso, melhor o bom senso.

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    1. De acordo. Guideline não é regra, é linha de raciocínio limitado a casos típicos em que se trata muito mais o diagnóstico do que o paciente portador da doença e suas situações particulares.

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  14. Excelente, professor. Sempre muito bom lhe ouvir e ler seus comentários. Obrigado!

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  15. Discordo totalmente, o crivo deve se adaptar a situação.
    Existem atualmente 0 alternativas de tratamento, qualquer chance de possibilidade deve ser testada.

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    1. testada sim. Isso ninguém discorda. O problema é parar de testar e usar como se funcionasse sem saber.

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  16. Estamos em guerra e em tempos de guerra não podemos ficar com preciosísmos. A hidroxicloroquina 400 mg/dia é usada em pacientes com doenças reumáticas por meses sem grandes complicações. Portanto deve ser usada nesse momento de poucas alternativas

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  17. Parabéns pelo artigo, maravilhoso pensamento e colocação.

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  18. Olá, Cláudio!
    Mais uma excelente postagem! Ao ler o artigo pela primeira vez, pensei que o único problema era que o número de pacientes era muito pequeno pra se tirar conclusões fortes. No entanto, você alertou para todos os vieses e erros cometidos no estudo, mostrando como se faz uma análise criteriosa e atualizando minhas crenças no assunto, que haviam sido bagunçadas pelo artigo original. Sou um mero novato no mundo científico e com sua ajuda eu consigo perceber que ainda preciso de muito treinamento pra desenvolver o senso crítico necessário pra avaliar as publicações, quantificar toda a incerteza e tomar decisões racionais. Espero eliminar viés após viés e caminhar em direção à verdade. Continue seu grande trabalho e continue nos informando. Abraço.

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  19. Acho que deve ser testado em quem tem o grau mais baixo.parabéns seus trabalhos são edifícios trata de salvas vidas.é muita responsabilidade.

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  20. Obviamente não é um medicamento que deve ser usado como uma coristina D do mesmo jeito que o Tamiflu não é utilizado em qualquer paciente com influenza A/B. Mas se levar em consideração que a mortalidade em pacientes que desenvolvem SDRA devido ao SARS CoV-2 esta em torno de 30-40% talvez a utilização da hidroxicloroquina valha a violação do ônus da prova científica. Estamos diante de uma pandemia que pode colocar o mundo de joelhos, hidroxicloroquina é uma droga barata, com efeitos colaterais bem conhecidos, uma vacina contra o SARS Cov-2 está há anos de distância. Devemos sim facilitar e expandir os testes com a hidroxicloroquina/azitromicina em pacientes com COVID-19, devemos sim encurtar e pular etapas no protocolo para certificação de drogas para o tratamento de COVID-19.

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  21. Vc sempre nos presenteando com a sua 'lucidez didática'. Obrigada!

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  22. Excelente professor! Engraçado que ontem te mandei um e-mail, pedindo para que comentasse o tal artigo francês. Na verdade, utilizar um tratamento porque o paciente é grave e nos sentimos impotentes, lembra-me muito a proteína C recombinante em casos de sepse com. Apache elevado. Como todos conhecem, deu no que deu. Se eu tivesse que tirar uma conclusão do estudo, como gerador de hipótese, e que o tratamento não d veria ser utilizado, pois 4 pacientes tiveram desfechos desfavoráveis. Então, perguntaria, será que a cloroquina faz mal. Como cardiologista e intensivista titulado, acho que devemos fazer o melhor naquilo que temos conhecimento - ventilar bem, tratar choque, terapia renal substitutiva, antibiótico racional, suporte nutricional, etc - e não tentarmos testar condutas, que na verdade tentam amenizar nosso medo diante da impotência de não oferecer tratamento específico!)

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    1. Excelente exemplo!
      As pessoas precisam viver pra lembrar.
      Do meu lado, temos o já claro aumento de mortalidade com transfusão liberal...
      Essa conversa de "é melhor fazer qualquer coisa que não fazer nada", pela quantidade de exemplos de desfechos PIORES com medidas impensadas ou não devidamente estudadas, já era pra ter sumido do mapa.

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  23. Acho que o doutor baseou toda sua fala considerando apenas "baixa taxa de mortalidade" e q por isso, não faria sentido abrir mão do rigor. Sem considerar que, apesar da baixa taxa, temos uma pandemia que está paralisando o planeta, e matando aos milhares.

    E isso faz ENORME diferença.

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  24. Já que a droga apresenta essa controvérsia, os casos graves se acumulam, a droga é barata, está disponível, efeitos adversos são bem conhecidos, por quê não montar imediatamente um trial bem feito, com os profissionais que estão responsáveis por esses pacientes, ao invés de decidir caso a caso com base em evidências fracas?

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  25. O risco se mortalidade intra hospitalar é de mais de 20%. Talvez maior se considerarmos os ptes em ventilacao mecanica. A violacao do onus da prova nao deveria ser atenuado?.

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  26. Será que alguns querem tratar o “corona” como um inimigo a ser exterminado? Então estaria justificado a sair disparando projéteis nas onze dimensões do Universo? Será que isso funciona? Sei não, mas provavelmente não, não funciona. Nem humanos nem corona serão exterminados. Os cientistas continuarão a fazer ciência se os “Reis das Bagatelas” permitirem e graças à Ciência continuaremos a conviver com o “corona”.

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  27. Luís - A grande dúvida em relação aos dois artigos que vc publicou sobre assunto é q em ambas abordagens sua análise não considera o número de leitos disponíveis para tratamento dos pacientes graves ao mesmo tempo (!).

    Embora com letalidade baixa, a velocidade de propagação é muito alta e vc enfatiza letalidade e parece ignorar morbidades.

    Vc poderia explicar pq vc não está levando isso em consideração?

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  28. Professor,
    Considerando a baixa probabilidade pré-teste associada às incongruências metodológicas do artigo francês, poderíamos chama-lo de 'fake news científica'? Ou ainda seria um gerador de hipóteses para futuros estudos?

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  29. Professor,
    Considerando a baixa probabilidade pré-teste associada às incongruências metodológicas do artigo francês, poderíamos chama-lo de 'fake news científica'? Ou ainda seria um gerador de hipóteses para futuros estudos?

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  30. Professor,
    Considerando a baixa probabilidade pré-teste associada às incongruências metodológicas do artigo francês, poderíamos chama-lo de 'fake news científica'? Ou ainda seria um gerador de hipóteses para futuros estudos?

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    1. Seria mais prudente classificar estudo que não atende aos padrões científicos. A fake New , é uma mentira deliberadamente criada , com o objeto de induzir ao erro.
      O que não se verifica aqui.

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  31. A Ciência não precisa ocorrer em níveis absolutos de controle para ser Ciência. Experimentos são experimentos. Indícios são indícios. Alguma Ciência é melhor que nenhuma Ciência. Faça-se experimentos progressivos, em grupos pequenos e cada vez maiores... Não temos nada a perder. Se continuamente as coisas forem se mostrando favoráveis, siga-se ampliando a aplicação. É exatamente esse tipo de experimento progressivo que se faz para evoluir softwares (o Facebook, por exemplo). São testes A/B e testes multivariados. E é um tipo válido de ciência, sim.

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  32. Gostei muito de ter outra perspectiva do tema, principalmente no que se refere ao ônus da prova. Obrigado pela contribuição!

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  33. " Soldado em guerra, quando se depara com um inimigo q vai abatê-LO, até UM PAU OU UMA PEDRA SE tornará uma arma"

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  34. Pelo que entedi de tudo isso, o medicamento seria usado em pacientes graves. Esses pacientes que tem alta taxa de mortalidade e que estão morrendo pelo mundo. Na Itália morreram 720 em um só dia. Será que algum deles não teria se beneficiado com o tratamento ? Todos eles estão mortos.

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    1. A Italia autorizou recentemente o uso de cloroquina,mas Medicals Facts trás bons informes no link
      https://www.medicalfacts.it/2020/03/29/coronavirus-un-vecchio-farmaco-il-plaquenil-puo-essere-utile-per-prevenire-linfezione/

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  35. O estudo frânces não se assemelha nem a uma roleta russa, onde as variáveis estatísticas não se sobrepõe a sorte individual.
    É Brilhante o raciocínio lógico do Dr Luiz Claudio Correia. Deveria sacudir o raciocínio lógico fé todos.
    Não estamos mais na idade média prescrevendo chumbo e cianureto aos nossos pacientes.
    Salvo a proximidade do êxito letal e o esgotamento de todas as contramedidas, estaria justificado o uso de medidas excepcionais.
    Nos deveríamos ter, pelo menos, a nossa ética sacudida, pelo Dr Luiz Claudio.Se não tiveram, sugiro que procuremos aonde está a nossa ética.
    Outra feita, lembrem-se das possíveis implicações médico-legais e processos por alegado erro médico.
    Presumo que issso sensibiliza seus bolsos e compele todos, a reavaliar as suas condutas.Isto realmente causa pânico e médicos é hospitais
    Marco Cortez.

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  36. Ninguém está estudando a possibilidade de usar o plasma.
    Não há relatos de mortes dos pacientes que receberam transfusão de plasma dos indivíduos curados.
    A China está usando, mas o resto do mundo só pensa em medicamento.

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    1. Agora já estão. O que eu considero um tratamento muito mais plausível no momento.

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  37. Muito estranho esta pandemia tão rápida! O mundo está virado! Final dos tempos!

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  38. Tem como complementar o artigo, com dados sobre mortalidade por tuberculose no brasil, e dados de mortalidade por outras causas na itália e outros países que justifiquem essa afirmativa: "A epidemia de coronavírus cedeu o protagonismo para à epidemia do medo. A percepção da realidade é alterada por um viés de confirmação voltado para o pior cenário. Ao final do dia, o placar estatístico registra as piores notícias, os piores países, o número de doentes, o número de mortes, silenciando aqueles os que permanecem saudáveis, os que se curaram ou os países de menor impacto da doença. A interpretação do passado é enviesada. "?

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  39. Temo como trazer dados de mortalidade sobre tuberculose no brasil e mortalidade por outras causas no brasil, que comparadas ao coronavirus, aprofunde a seguinte afirmativa: "A epidemia de coronavírus cedeu o protagonismo para à epidemia do medo. A percepção da realidade é alterada por um viés de confirmação voltado para o pior cenário. Ao final do dia, o placar estatístico registra as piores notícias, os piores países, o número de doentes, o número de mortes, silenciando aqueles os que permanecem saudáveis, os que se curaram ou os países de menor impacto da doença. A interpretação do passado é enviesada. "?

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  40. Excelente raciocínio em meio à um pool de notícias pouco agregadoras de conhecimento. Creio que o rigor metodológico deve ser imperativo. O artigo em questão ajuda a levantar hipóteses que devem ser testadas com maior rigor e com metodologias adequadas. Parabéns pelas discussões nós comentários

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  41. Ele ainda explicou: "Vamos testar em muitos pacientes, em diversos tipos de desenhos diferentes. Vamos testar no paciente grave na UTI, no paciente que está entrando e no intermediário. E cada um desses braços será coordenado por um hospital. A ideia, quando resolvemos fazer isso juntos, é dar uma resposta. Não é aparecer. É útil, que é o que a ciência tem que ser. Ciência é colaboração. Montamos um estudo que é em colaboração e que pretende responder o maior número de perguntas no menor espaço de tempo", disse ele. Rizzo afirmou que o estudo é inovador no Brasil e pouco usado no mundo. "É um estudo adaptativo. Os estudos de modo geral são estudos fechados, onde você entrou num bra... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/03/23/coronavirus-brasil-inicia-teste-com-hidroxicloroquina-estudo-leva-2-meses.htm?cmpid=copiaecola

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  42. Deus dá as batalhas mais difíceis para seus melhores soldados. Guerra é guerra!!!

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  43. Olá Boa tarde, é possível aplicar a MBE as medidas de contenção social? O que pensa da experiência de Israel, de isolamento vertical, ou seja, somente dos grupos de risco?

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  44. Não consigo acessar o link do curso. Tem um novo link? Um novo curso?

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  45. Prezado Professor,

    Começo concordar com sua visão de excesso de pânico, é notório que a manipulação e distorção e a mensagem é direcionada na TV e na mídia com intuito de causar um colapso emocional. O que estão a questionar os especialistas nessa matéria , "O pânico com coronavirus", https://rothbardbrasil.com/22-especialistas-criticam-e-questionam-o-panico-com-o-coronavirus/?fbclid=IwAR2lxuobtnSVFJ5vQXz7wgDXvncJyo7DyMj7uE8rs8Z9PUJ8Ajpey6Hn8GQ

    No entanto, seu artigo ele é bem fechado, considerando métodos de testes, haja vista que por sua formação PhD consegue trabalhar seus experimentos através de linha de pesquisa que acredita ser eficiente, no entanto, faz crítica aos métodos. Porém, na linguagem popular, contra fatos existem argumentos? Claro que não, o que a seguir relaciono fatos da medicina em todo o mundo sinalizando que o uso da cloroquina está em dúvida o quando aplicar antes ou durante ou depois da infecção do Covid-19, bem como, a dosagem por causar efeitos colaterais de alternância no sistema circulatório alterando a corrente do parasimpático e simpático detectado na aplicação do fármaco cloroquina.

    Fontes que devemos considerar importantes, não considerar, jamais a cloroquina um placebo, por quê?

    Bom, não citarei pesquisa da França ou Estados Unidos, mas recentemente da Itália, atualize-se com o Medical Facts no link https://www.medicalfacts.it/2020/03/29/coronavirus-un-vecchio-farmaco-il-plaquenil-puo-essere-utile-per-prevenire-linfezione/

    Professor, dedique-se a encontrar o ponto de ataque a infecção causada pelo Convid-19, em linguagem bem popular, seria mais útil que alimentar o pensamento reativo, seja pró-ativo. Bem verdade que o pânico se espalhou até mesmo entre nós Terapeutas, dá pra perceber.

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    1. Uma correção: não é minha opinião de que mídia direciona mensagens "com intuito de causar um colapso emocional".

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  46. Artigo bem recente da Medical Facts Italiano trás evidencias da cloroquina e enfraquece o argumento teórico do PhD. Luz Cláudio

    Fonte: https://www.medicalfacts.it/2020/03/29/coronavirus-un-vecchio-farmaco-il-plaquenil-puo-essere-utile-per-prevenire-linfezione/

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  47. Respostas
    1. Intereessnte, porém estudos com baixissimo nivel de evidência. Alem disso, plausibilidade biologica não garante beneficio clinico.

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  48. Resumo da carta que o Dr. Vladimir Zelenko, Board Certified Family Practitioner, de Monroe, Nova York, datada de 23/03/2020, dirigida a todos os médicos do Mundo, c/c para o Presidente Donald Trump, na qual ele relata que ele e seus colaboradores tratam de cerca de 500 pacientes de vírus corona na comunidade de Kiryas Joel e em outras áreas de Nova York.
    Em vista da urgência da situação, ele desenvolveu o seguinte protocolo de tratamento no ambiente pré-hospitalar, ou seja, com pacientes ambulatoriais:
    1. Hidroxicloroquina 200mg duas vezes por dia 5 dias;
    2. Axzitromicina 500mg por dia 5 dias;
    3. Sulfato de Zinco 220mg por dia 5 dias.

    Com esse esquema, relata só resultados positivos:
    zero mortes,
    zero intubações,
    zero internações.

    Exceto 10% de pacientes, que tiveram náusea e diarréia transitórias, não houve outros efeitos indesejáveis.

    Ele aplica o esquema nos seguintes casos:
    1. Todos os pacientes com dificuldade respiratória;
    2. Todos os pacientes na categoria de alto risco, mesmo com sintomas leves;
    3. Pacientes jovens, saudáveis e de baixo risco somente se tiverem dificuldade respiratória ou forem de alto risco.

    Ele combinou dados disponíveis da China e da Coréia do Sul com um recente estudo feito na França.
    As razões, que fundamentam seu esquema terapêutico, são que:
    - a hidroxicloroquina auxilia o zinco a entrar na célula;
    - o zinco retarda a replicação viral dentro da célula;
    - a azitromicina evita infecções bacterianas secundárias.
    - Afirma que essas duas drogas e mais o zinco são bem conhecidas e geralmente bem toleradas e que o risco para o paciente é baixo.
    Ele recomenda iniciar o tratamento ambulatorialmente o mais precocemente possível para prevenir a síndrome respiratória aguda, a necessidade de hospitalização e para salvar vidas.

    O endereço do Dr. Vladimir Zelenko:
    501 Rt 207, Monroe, NY 19850
    E seu telefone é 1-845-238-0000.

    Além dele, há o Dr. William Grace, oncologista do Lennox Hill Hospital, de Nova York, que reage à acusação da CNN de que o Presidente Trump está gerando falsa esperança ao divulgar o tratamento com hidroxicloroquina contra o vírus corona.

    Ele afirma que não teve nenhum óbito entre 100 pacientes após introduzir o tratamento com hidroxicloriquina e azitromicina.

    Ele diz que o sistema imunológico de pacientes em alto risco está hiperreativo em vez de deprimido, e que é ele quem está causando a maioria das mortes pela reação exagerada das células imunológicas pulmonares, que produzem citocinas inflamatórias e echem os pulmões de exsudato, impedindo a respiração.
    A ação da hidroxicloroquina, no caso, seria de suprimir a resposta imunológica e a replicação do vírus.
    Conclui dizendo que a probabilidade de acaso nesses resultados é de 1:10 000 (entrevista à Fox News)

    A Força Tarefa Nacional para Covid-19, constituída pelo Conselho Indiano de Pesquisa Médica, recomendou o uso de hidroxicloroquina como profilaxia da infecção pelo vírus para a população de alto risco (profissionais de saúde e familiares de pacientes).

    Na Austrália, em experimentos feitos secretamente, foram tratados com êxito com dois medicamentos, o lopinavir e a hidroxicloroquina.
    Todos os pacientes se curaram.
    Agora, a combinação de remédios será utilizada em 50 hospitais em todo o país sob a liderança do Dr. David Paterson, Diretor do Centro de Pesquisa Clínica da Universidade de Queensland.
    Ele afirma que esses dois medicamentos podem ser uma cura real para todos.
    (Daily Mail Australia, 20/3/2020).

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  49. El milagro de la cloroquina: Doctor asegura el 100% de recuperación en 350 pacientes con coronavirus (+Video)
    El Dr. Vladimir Zelenko dijo que observó una mejoría considerable en los síntomas como la falta de aire, en solo seis horas tras la aplicación.

    FONTE: https://cubanosporelmundo.com/2020/03/24/cloroquina-doctor-pacientes-coronavirus/

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  50. O ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani entrevistou (vídeo abaixo) o médico DR. ZELENKO, que conduziu um estudo com mais de 500 pacientes usando a combinação de hidroxicloroquina + antibiótico azitromicina + zinco.

    https://noticiasrecentes.com.br/hidroxicloroquina-sem-necessidade-de-internacoes-zero-morte-zero-intubacao-ao-custo-de-r-10000/?fbclid=IwAR1SCK5Mup8oN-ypGnHsVHn8JT5WCsnvpyST9n7tt9mxr0LFXJ1lEA0pyoE

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  51. Paolo Zanotto, virologista da USP, afirma que uso da hidroxicloroquina é o método mais eficaz para salvar milhares de vidas e evitar uma tragédia histórica

    O virologista Paolo Zanotto, professor do Departamento de Microbiologia da USP, assegura que o uso da hidroxicloroquina em pacientes de coronavírus é o método mais eficaz para salvar milhares de vidas, evitar uma tragédia de proporções colossais e vencer a pandemia que assola o mundo. Estudioso da evolução do vírus, com doutorado na Universidade de Oxford, Zanotto participou da elaboração de um protocolo que vem sendo adotado nas últimas semanas por alguns dos principais hospitais de São Paulo — como a Santa Casa, o Albert Einstein e o Sancta Maggiore — no tratamento de pacientes com sintomas iniciais de Covid-19. De acordo com esse protocolo — ao qual a reportagem do BSM teve acesso exclusivo —, a cloroquina deve ser administrada aos pacientes logo no início da doença, preferencialmente do 2º ao 4º dia do aparecimento dos primeiros sintomas, como febre, tosse, coriza e respiração superior a 22 vezes por minuto. As pessoas que manifestam esse quadro devem receber o medicamento na própria casa, o que desafogaria as redes hospitalares e o sistema de saúde como um todo. Segundo Zanotto, não faz sentido dar o remédio apenas para pacientes que se encontram na fase avançada da doença, como vem defendendo o Ministério da Saúde. “Mandetta está errado”, diz Zanotto.

    LINK DA MATÉRIA COMPLETA: https://brasilsemmedo.com/cloroquina-e-o-remedio-para-vencer-a-epidemia/

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  52. Há estudos sobre a vitamina C intravenosa?

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  53. Muito bom o artigo, mas gostaria de ponderar algumas situações. Existem realmente vários estudos e alguns deles apontam, não somente na França como também no Brasil, tendo como exemplo os casos da Prevent Senior que o uso da hidroxicloroquina tem trazido efeitos positivos. Agora além dessas variantes, devemos observar outra variante que é o colapso do sistema de saúde, onde você não encontrará vagas para ser internado. O risco de você morrer sem um atendimento adequado seria maior do que o uso da hidroxicloroquina, quando apresentado os sintomas da COVID-19? Alguns médicos tem sugerido o seu uso na presença dos sintomas para que não seja administrado somente em estado grave, como vem sendo um protocolo do próprio Ministério da Saúde. Já criou-se um protocolo de uso do medicamento, mas nada comprovado, para profissionais da saúde que trabalham diretamente com pacientes infectados com COVID-19? Sei que pode ser um exagero ou um simples placebo, mas acredito ser melhor assumir o risco e receber as dosagens adequadas de hidroxicloroquina do que aguardar ser internado, se porventura conseguir uma vaga. Dou exemplo de Manaus, onde o sistema de saúde já colapsou. Será que vai demorar no restante do país? Cada um assume o risco em usar a medicação e eu, prefiro utilizar caso seja necessário, assumo o risco de ter arritmias, de ficar cego ou de ter outros efeitos colaterais, mas morto não pretendo estar, a não ser que seja a vontade de Deus.

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  54. HIDROXICLOROQUINA É MEDICAMENTO CERTO COM USO CERTO PARA COMBATER O COVID-19:
    Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=TGVZA3s38D8

    Na entrevista à partir dos 5m 17s, a Dra. Yamaguchi, infectologista, médica do Hospital Albert Einstein São Paulo, Brasil. diz, -"quem toma losartana, enalapil, captopril, deverá parar de usar esse medicamento durante o uso da hidroxicloroquina, pois, até por que esses medicamentos facilitam a entrada do coronavirus na célula". Considerando que hidroxicloroquina tem efeito colateral de baixar a pressão, porque controla o açúcar no sangue, assim evita o vírus entrar na célula. Porém, a Dra. yamaguchi, avisa que essa situação deverá ser comunicado ao médico do paciente. PORTANTO, a hidroxicloroquina é um medicamento com orientação médica.

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  55. Parte I

    NÃO é o Covid19 (bem como vírus das cepas H1N1, por exemplo, ou outros tipos de coronavírus), o responsável direto pelo desastre que ocorre nos tecidos pulmonares decorrentes de um processo inflamatório que escapa do controle terapêutico, e que praticamente destrói os pulmões, após o contágio com o Covid19.

    O que ocorre – com ampla literatura médica a respeito, em respaldo do quanto ora escrevo – o contato dos tecidos pulmonares com o Covid 19 (mas não somente este tipo de vírus), provoca aquilo que se chama “tormenta de citocinas”, que são produzidas pelas próprias células imunológicas sediadas nos pulmões, especificamente, no interstício das células pulmonares.

    O fenômeno acontece quando o sistema imunológico do infectado reage contra o agente patógeno de forma exagerada, liberando grande quantidade de citocinas, daí o termo “tempestade de citocinas”, as quais se dirigem para as células imunitárias, em especial os linfócitos T e os macrófagos, direcionando-as para o local da infecção, iniciando uma reação em cascata descontrolada que simplesmente levará à destruição dos tecidos pulmonares.

    A reação em cadeia continua, liberando as citocinas inflamatórias interleucina-1, interleucina-6, associadas à febre, retenção de líquidos, inclusive a nível pulmonar, que encharca, provocando edema agudo de pulmão (geralmente mortal), febre alta, dor de cabeça, descompensação cardiovascular, choque, pela reação inflamatória desembestada, que escapa completamente do controle terapêutico, impedindo que a recuperação dos tecidos suceda à inflamação, ao contrário, agravando o nível de destruição celular, não sendo raro o óbito como resultado final.

    Atentem que o Linfócito T, atingido, tal como ocorre com a AIDS, perde a capacidade de modular a resposta imunológica frente ao invasor, visto ser o Linfócito T uma espécie de “general” das “tropas imunológicas”, deslocando para lá ou para cá, na dependência da necessidade, células imunológicas, modulando e controlando a resposta.

    Uma vez confundido pela “tempestade de citocinas”, o Linfócito T deixa de cumprir o seu papel regulador, de estrategista, e a reação em cadeia levará, inexoravelmente, a uma insuficiência respiratória aguda, com os pulmões cheios de fluídos corpóreos, o que por si só limita gravemente a capacidade pulmonar, evoluindo a grave síndrome respiratória aguda para a complicação por uma segunda infecção, desta feita, bacteriana, não raro, pelo Streptococcus pneumonia, o que acaba levando a óbito a pessoa acometida.

    Não são todos os pacientes que evoluem assim, graças a D’us, mas sim uma expressiva parcela minoritária dos pacientes acometidos, que passam a lotar as UTIs e os cemitérios...

    A reação adrede descrita tem muitas semelhanças com reações autoimunes, ou com graves alergias como, por exemplo, em relação à penicilina (antibiótico), que uma vez iniciada, leva a pessoa a inchar, por dentro e por fora, “fechando a garganta” da pessoa alérgica, que morre sufocada, se não for socorrida e ministrado corticosteroides, com outras medidas de suporte, como por exemplo, uma traqueostomia, abrindo as vias respiratórias, a salvar a vida do infeliz.

    É neste contexto que se insere a hidroxicloroquina, amplamente utilizada no controle de reações autoimunes de grande lesividade, como no lúpus eritematoso, que acaba levando, quando sem tratamento, à destruição progressiva dos rins pelo sistema imunológico da própria pessoa, pelo fato que a hidroxicloroquina consegue limitar e controlar esta resposta e, por conseguinte, limita em muito os danos nos rins.

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  56. Parte II

    Não se trata de remédio novo, pois que a hidroxicloroquina, um anti-inflamatório, foi aprovada para uso médico nos Estados Unidos há 65 anos, em 1955, integrando a lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS), com custo médio no mundo, antes da Covid19, de cerca de US$ 4,65 por mês, portanto, um remédio barato, de fácil obtenção, e já daí, deste dado, decorre o baixo interesse da indústria farmacêutica em referendar seu uso protocolar nos hospitais ao redor do mundo, quando utilizada para evitar umas das mais severas complicações da pandemia, a SARS, maior causa de morte dentre os infectados.

    Contudo, este amplo preâmbulo se mostra necessário quando se enfoca a relutância, a franca resistência, de certas autoridades brasileiras, sediadas dentro e fora do Ministério da Saúde, muitas vezes, à frente de governos estaduais, não somente quanto ao uso protocolar da hidroxicloroquina, associada à azitromicina, um antibiótico utilizado para combater a infecção secundária, de origem bacteriana, que se instala quando já instalada a SARS, como quanto ao TEMPO TERAPÊUTICO de sua introdução no arsenal medicamentoso ofertado ao paciente infectado.

    É sabido, relatado, documentado, à exaustão, na literatura médica, há dezenas de décadas, que caso se bata um joelho na quina da mesa, se torça um tornozelo descendo uma escada, se corte um dedo com uma faca de cozinha, o auge da inflamação, no local lesado, ocorre em 48 horas, com todos os seus sinais e sintomas aparentes – dor, rubor, calor e tumor (edema - inchaço) – em máxima intensidade.

    Evidente, claro, insofismável, inegável, que a resposta descontrolada por uma “tempestade de citocina” nos pulmões, após a infecção por Covid19 (ou por H1N1, tanto faz), que levará às severíssimas lesões no parênquima pulmonar e ao edema agudo de pulmão, potencialmente letal por si só, independentemente sobrevenha uma infecção bacteriana, tenha o seu auge, sua máxima expressão, A PARTIR DAS 48 HORAS DA INFECÇÃO PULMONAR VIRAL!

    Assim sendo, associar a hidroxicloroquina com a azitromicina, a partir do quarto, ou, pior, do quinto dia do surgimento dos sinais e dos sintomas da grave síndrome respiratória aguda, praticamente de NADA SERVIRÁ, pelo simples fato que as múltiplas e severas lesões pulmonares já foram produzidas, levando a uma insuficiência respiratória grave, que perdurará mesmo para aqueles que escaparem do óbito e se recuperarem, relatando estes que ainda sentem, semanas depois da alta, falta de ar.

    Portanto, a hidroxicloroquina, mais azitromicina, DEVEM ser utilizadas EM ATÉ 48 HORAS DO SURGIMENTO DOS SINAIS E DOS SINTOMAS, INDEPENDENTEMENTE do paciente ter sido ou não tipado, e isto deveria constar como PROTOCOLO MÉDICO para TODO O BRASIL, caso realmente se queira esvaziar UTIs e salvar centenas de milhares de vidas.

    (A D E N D O :

    "Imagine que, por recomendação do Ministério da Saúde, não é ministrada a hidroxicloroquina, com azitromicina e corticoides já no início dos sintomas, com o quadro se agravando dia e noite, até que o paciente, grave, com insuficiência respiratória aguda, dada a superveniência da síndrome respiratória aguda, cujo mecanismo de ação já descrevi em post passado, venha ser entubado num respirador artificial e mantido em UTI.

    Imagine-se que seja ministrada, neste quadro grave, a hidroxicloroquina, com azitromicina e corticoides após 4, 5 ou 7 dias do início do quadro, quando os pulmões já foram destruídos pela ação da tempestade de citocinas interleucinas 1 e 6, numa reação em cascata de autodestruição inflamatórias dos tecidos pulmonares em contato com o Covid19, sem grandes resultados, por óbvio.

    Agora imagine o cruzador de mísseis guiados, tipo o russo, Moskva, que pode portar 16 mísseis supersônicos antinavio P-1000 Vulkan; que eliminam alvos de superfície à distância de 700 quilômetros; que garante sua defesa antiaérea com oito sistemas de mísseis S-300F; e que combate alvos aéreos a curta distância com dois sistemas Osa-M de 40 mísseis.

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  57. Parte III e última

    Pois bem, transponha o cruzador para uma bactéria que se assemelhe a isso, e você chegará à Pseudomonas aeruginosa, a terrível, que adora navegar nos fluídos intersticiais de pulmões doentes carreadas, nada menos, nada mais, que pelos tubos dos respiradores artificiais, que normalmente, infestam...

    A desgraçada produz uma capa de alginato em sua parede celular, que impede a fagocitose (ser englobada e digerida) pelas células de defesa do organismo, tem uma penugem externa que se adere nas células alvo, se organiza em biofilme e adere os tecidos, usando dois sistemas de “mísseis”, um interno, a endotoxina, que dentre outros danos graves, provoca coagulação intravascular disseminada e consequente choque; e uma exotoxina, lançada pelas “plataformas” da superbactéria, que lesa colágeno, fibras, danifica os rins, altera a série branca do sangue, enfim, um demônio de bactéria.

    Mais, a infeliz se reproduz até em água destilada, se alimenta com até 30 tipos de materiais orgânicos, permanece vida em sabões, detergentes e antissépticos, são resistentes a quase todos os antibióticos, e como oportunista, contamina a água presente nos respiradores artificiais, colonizando os pulmões do doente, facilmente legando-lhe a morte.

    Um dos únicos antibióticos, liberado pela Anvisa em 2018, capazes de combater a terrível Pseudomonas aeruginosa é o sulfato de ceftolozana+tazobactam sódico, produzido pela Merck, de nome comercial Zerbaxa, que custa uma fortuna, ora bolas...

    A combater uma epidemia por Pseudomonas aeruginosa nas UTIs lotadas com milhares de pacientes entubados pelo mundo, a Merck ganharia, em tese, sempre em tese, vejam bem..., - bilhões de dólares.

    Assim sendo, uma medicação que custava nas farmácias até antes da pandemia, cerca de R$ 15,00, hoje na casa dos R$ 80,00, para o consumidor comum, quebra as pernas de quem tem ambições de fazer fortuna com a pandemia.")


    Porém, assim não é, e um posicionamento como este de agora, sei bem disso, será considerado “palpite”, “opinião de especialista do Facebook”, e por aí afora, visto que o quanto foi escrito aqui, do ponto de vista estritamente médico, não pode ser desqualificado, por que se trata de situações amplamente discutidas e sedimentadas na literatura médica.

    E porque assim não é, eis a pergunta que não quer calar...

    Quais são os interesses, de certo, muito escusos, para se evitar adotar um protocolo simples, barato, implementado na hora certa, como padrão nacional, capaz de evitar milhares de mortes e superlotação nas UTIS?

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    1. A mente precisa de explicaçoes para aliviar os seus receios. Uma excelente explicaçao fisiopatologica alivia certamente.
      A ciência é construida na base da refutabilidade (karl Popper)
      A hipotese que devemos fazer é uma hipotese nula. Nao ha diferença entre o tratamento A e o tratamento B e refuta-la com um risco de erro alfa.
      UM estudo deve ter um grupo controlo, a randomizaçao deve ser totalmente imprevisivel. O estudo deve ser conduzido duplo cego. Devemos avaliar a perspicacia do efeito. E repetir... e comparar com a literatura. Em Marselha consta-se que uma sardinha era tao grande que entupiu a entrada do porto...

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  58. Parabéns pelo artigo. Pelos comentários dos colegas, com links de *opinião de especialistas* sobre a cloroquina, ou relato de 0 mortes com uso do medicamento, percebemos que a Covid virou epidemia do medo e do escurecimento do senso crítico.

    O que mais tem no mundo é paciente tomando hidroxicloroquina nos casos graves, mais até do que os que não tomam. Seguimos os experimentos em humanos, pois os supostos resultados milagreiros ainda não apareceram. Já os casos de morte subita, provavelmente por arritmia, em pacie tes jovens, vez ou outra aparecem

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  59. Ex.mo Sr.Pr.
    Uma pergunta sobre os testes após leituras do blog.
    Foram criadas urgências COVID + e outras COVID - sendo a seleção feita na pré-triagem em vários países no meu caso França mas longe da sardinha que entupio o porto em Marselha.
    A probabilidade pre-teste nas urgeências COVID + é muito elevada. Uma moeda como teste tem uma sensibilidade de 50% e uma especificidade de 50%. E afinal sendo a prevalência (pico numa hora de pandemia) elevada a moeda tem um valor preditivo positivo muito elevado que se aproxima dos valores dos institutos de referenciação. Qual o interesse do teste? e se o teste for negativo nos dois tipos de teste (moeda ou teste de qualiadde) o valor preditivo negativo é muito baixo.
    Quanto ao rastreio de uma população submitida ao confinamento ou seja não exposta qual o valor dum teste com boa Se et boa Spe quando sabemos que o valor preditivo negativo será baixo e não poderemos garantir que o testado negativo não está doente?
    Um esclarecimento por favor?
    sérgio silva

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    1. "quanto ao rastreio de uma população submitida ao confinamento ou seja não exposta qual o valor dum teste com boa performance quando sabemos que o valor preditivo negativo será elevado.
      o meu erro traduz essa dificuldade em ter uma reflexão bem construída.

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  60. Temos materia prima abundante para um estudo bem delineado. por que cargas d'agua, ninguem faz?????

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  61. Texto excelente do médico escocês Malcom Kendrick sobre os números estapafúrdios do Imperial College "The Mad Modellers of Lockdown" https://drmalcolmkendrick.org/2020/05/19/the-mad-modellers-of-lockdown/

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  62. O grande problema é quando os 3% de letalidade caem na cabeça de um filho nosso. É aí que fica o grande X da questão.

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  63. O que mata é o vírus ou a reação do sistema imune do paciente?

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  64. Incrível como tudo está acontece, de repente as pessoas dúvida ciência, q num é real o número covid19...mais digo sem medicina ciência no q vamos acredita..???��

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  65. Melhor alguma ciencia do que ciencia alguma. O artigo não está preocupado com os milhares de vidas ceifados constantemente. Por isso fecha os olhos para a hidroxicloroquina e a evermectina na clínica, onde estão salvando vidas.

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