Análise
de Veracidade
I.
Erros Sistemáticos (vieses)
Quanto à Intervenção
1. Efeito
de confusão:
há diferenças entre os grupos que possam simular ou anular o benefício da
intervenção? Ensaio clínico randomizado?
2. Aplicação
da intervenção:
o tratamento foi corretamente aplicado aos indivíduos do grupo intervenção?
3. Aplicação
do controle:
o grupo controle recebeu tratamento que possa atenuar o contraste com o grupo intervenção?
4. Intenção
de tratar: os
pacientes forma analisados de acordo com sua randomização inicial?
5. Viés de desempenho: caso o estudo seja aberto, pode ter havido melhor qualidade de assistência aos pacientes do grupo intervenção que gere um falso benefício do tratamento? Ou melhor de qualidade compensatória aos pacientes do grupo controle que atenue o efeito da intervenção?
5. Viés de desempenho: caso o estudo seja aberto, pode ter havido melhor qualidade de assistência aos pacientes do grupo intervenção que gere um falso benefício do tratamento? Ou melhor de qualidade compensatória aos pacientes do grupo controle que atenue o efeito da intervenção?
Quanto ao
Desfecho (viés de aferição do desfecho)
6. Subjetividade: o desfecho é subjetivo o
suficiente para provocar erros de aferição?
7. Efeito
placebo: em
um estudo aberto, o desfecho em questão é vulnerável ao efeito placebo?
8. Desfecho criado pelo médico: em um estudo aberto, o desfecho se constitui em uma conduta médica, que possa ser influenciada pela caráter aberto do estudo (por exemplo, indicação de cirurgia por suposta falência do tratamento clínico).
8. Desfecho criado pelo médico: em um estudo aberto, o desfecho se constitui em uma conduta médica, que possa ser influenciada pela caráter aberto do estudo (por exemplo, indicação de cirurgia por suposta falência do tratamento clínico).
9. Seguimento: houve perda significativa de
seguimento dos pacientes (> 10%).
II. Erros Aleatórios (acaso)
Em estudo positivo
(P < 0.05), condições de baixa confiabilidade do valor de P:
1. Conclusão baseada em desfecho secundário? (problema das
múltiplas comparações)
2. Conclusão positiva baseada em análise de subgrupo de estudo negativo?
3. Estudo truncado?
4. Estudo com baixo poder
estatístico?
Em estudo
negativo (P > 0.05), avaliar:
5. O estudo tem poder estatístico
satisfatório para testar benefício clinicamente relevante?
Análise de Relevância
I. Análise Qualitativa
1. O desfecho é substituto ou clínico?
O primeiro apenas gera hipótese; o segundo modifica conduta.
2. Em sendo desfecho clínico,
qual a importância do desfecho na vida do indivíduos (hard vs. soft).
3. Caso o desfecho clínico seja
composto, o resultado resulta do efeito em cada componente do desfecho ou
apenas nos menos importantes?
II. Análise Quantitativa
1. Cuidado com redução relativa
de risco, pode causar ilusão de grande benefício.
2. Prefira redução absoluta do
risco (risco grupo 1 – risco grupo 2).
3. Calcule o NNT para
avaliar a magnitude do benefício
da terapia.
-
NNT
= 100/redução absoluta de risco
-
NNT
< 50 é considerado satisfatório.
Professor, muito útil pra quem está dando os primeiros passos na medicina baseada em evidências! Só fiquei com uma dúvida: o efeito placebo não seria observado em estudos fechados?
ResponderExcluirItalvar, se o estudo é cego, o efeito placebo (se houver) será o mesmo no grupo droga e no grupo controle, pois o paciente não sabe se está usando droga ou usando placebo.
ResponderExcluirExcelente post! "Não é ao acaso" que este é um dos mais lidos de todos os tempos. Reflete o alto nível acadêmico de todo o blog. Parabéns!
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