sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
Papai Noel Baseado em Evidências
Papai Noel existe? Essa é uma pergunta
comum nesta época do ano. Considerando que este Blog se propõe a discutir a
veracidade dos fatos sob o paradigma científico, precisamos abordar esta
importante questão, a qual impactará na vida de milhares de famílias nas
próximas horas.
Partimos inicialmente do
Princípio da Hipótese Nula (Princípio 2), o qual afirma que todo fenômeno é
inexistente até que se prove o contrário (prova
científica). Esta é a justificativa para eventualmente nos questionarmos
sobre a existência de Papai Noel. Ou seja, duvidar de vez em quando, é natural,
humano e faz parte do pensamento científico. Mas não podemos parar por aqui,
temos que evoluir nosso pensamento.
Após considerar o Princípio 2,
devemos evoluir e nos perguntar se a presente questão se adéqua ao Princípio 3,
o da Plausibilidade Extrema. Este princípio se aplica a situações de exceção,
onde o fenômeno é tão plausível, que dispensamos comprovação científica. Por
exemplo, na prática clínica ter uma boa relação médico-paciente, saber ouvir e
conversar com nosso cliente, representa uma habilidade que deve ser utilizada,
mesmo sem um ensaio clínico randomizado demonstrando que a boa relação é benéfica. É extremamente plausível que um médico atencioso faz bem ao seu
paciente e por isso aplicamos (ou devemos aplicar) essa abordagem mesmo na
ausência de evidência científica.
A existência de Papai Noel é
extremamente plausível. Isto porque esta existência
só se materializa se formos capazes de acreditar. Se acreditarmos, Papai Noel
existirá, se não acreditarmos, ele desaparecerá (ou não aparecerá). Desta forma,
só nos resta aplicar o Princípio 3, pois acreditando que Papai Noel é
extremamente plausível, este se tornará extremamente verdadeiro. É um perfeito
exemplo do Princípio da Plausibilidade Extrema, que deve ser aplicado apenas a
situações especiais, onde dispensamos o Princípio 2 (da necessidade de
demonstração) e ficamos como a verdade, simplesmente porque aquela verdade é
indubitável.
Há também o argumento da
plausibilidade extrema do benefício em se acreditar em Papai Noel. Óbvio que
esta crença faz bem para a alma, portanto devemos nutri-la. E não faz bem
apenas para crianças, para adultos também.
Nós todos devemos acreditar em Papai Noel.
É tão plausível que ao
imaginarmos um ensaio clínico randomizado para provar esta questão,
percebemos que este seria inútil. Imaginem que vamos randomizar famílias, metade
para acreditar em Papai Noel e metade para não acreditar. É óbvio que nas famílias
que acreditarem, as árvores acordarão repletas de presentes, enquanto nas
famílias randomizadas para não acreditar, as árvores estarão vazias, se é que
nestas casas haveria árvores de natal. É tão óbvio que seria uma perda de tempo
fazer esse estudo.
Poderíamos então fazer um estudo
observacional. Observem como o Natal de famílias crentes é mais mágico do que o
Natal de famílias descrentes.
Percebam que todo esse pensamento
é baseado em uma seqüência lógica que respeita dos princípios da medicina baseada
em evidências. Mas para aqueles que ainda permanecem com o Princípio da
Hipótese Nula a despeito de meus argumentos, vamos fazer um teste: amanhã, ao
acordar, se houver presentes na árvore, estará provado que Papai Noel
passou em sua casa.
Na verdade, todo
mundo acredita em Papai Noel, mesmo aqueles que fingem não acreditar.
Feliz Natal a todos.
* Esta é a postagem mais embasada em evidência de todas já escritas neste Blog.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
SCIENTIA TOTUM CIRCUMIT ORBEM: Cálculos científicos para a viagem de Papai Noel
SCIENTIA TOTUM CIRCUMIT ORBEM: Cálculos científicos para a viagem de Papai Noel: Na noite do dia 24, enquanto Papai Noel atravessa o mundo todo para entregar presentes a todas as crianças, você pesquisador deve se faz...
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