Conheci Abraão em Brasília, há 15 anos. Nossa amizade tem a idade de minha filha mais velha, que ele gostava de chamar de Amandinha. Abraão gostava de dizer “você é meu guru”, mas sempre foi o contrário. Aprendi com Abraão que amizade de verdade são eternas, que gratidão é o que temos de mais precioso e que todos nós somos serem contraditórios. Abraão, em suas interessantes contradições, nos ensinava que nossos princípios básicos nunca devem ser violados.
Que Deus o tenha, meu amigo.
puxa! comovente esta singela homenagem para o amigo.
ResponderExcluirNão tive o privilégio de conhecer pessoalmente. Mas quando menino, queria fazer uma obra como a Gioconda, que até hoje é por todos admirada. Comprei até giz pastel, mas nunca consegui.
ResponderExcluirQuando vi que não tinha dotes artísticos, acabei fazendo Medicina, depois de ler "Frankenstein" (de Mary Shelley, aka Westmacott) e "o Estranho caso de Dr. Jeckyll e M. Hyde (de Robert Lous Stievevenson). A arte destes livros (e depois filmes) foi contada e recontada, mas persiste em seu núcleo uma realidade: Os médicos se formam assim porque, de alguma forma, desejam trazer benefício à humanidade - O primeiro (meu homônimo no livro), lutando contra a morte, e produzindo a imortalidade no Homem. O segundo, tentando separar, discriminar ou esconder (Hyde =~ hide, escondido, esconder) inextricavelmente o "Bem" do "Mal". Ainda estamos distantes dessas duas metas. Mas continuamos experimentando.
A Medicina Baseada em Evidências é nossa obra viva, e testemunho desses esforços.
Entrementes, estou até hoje tentando pintar minha obra prima.
Nossa existência é limitada sobre a face do Planeta, nesse canto minúsculo do Universo; resta-nos deixar algo que a posteridade admire.
Vivemos por nossas obras.
Bela atitude, Luis. Muita falta nos fará o amigo Abrahão.
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