Será que é ético expor um paciente em rede nacional durante um delicado procedimento cardíaco? Mesmo a paciente tendo consentido, é uma questão complicada. Se houvesse uma grave complicação durante a transmissão ao vivo? Durante o procedimento o médico conversava com a repórter. Será que este estava concentrado no procedimento ou estava mais preocupado com sua aparição em rede nacional?
São exatamente estas estratégias de marketing que seduzem a população com base em sensacionalismo, em detrimento de evidências científicas. Nesta reportagem o eletrofisiologista afirma que o procedimento é 90% eficaz. Mentira, ensaios clínicos demonstram que o procedimento resolve fibrilação atrial paroxística em 60% dos casos. Muito melhor que terapia farmacológica, é verdade. Porém muito diferente de 90%. A repórter afirma que a radiação recebida pela paciente é desprezível, outra mentira. Tudo isso é o sensacionalismo marqueteiro.
Mas não é só nos estados Unidos. Já vi até na coluna social de A Tarde “propaganda” sensacionalista sobre novo equipamento dignóstico que chegou em hospital da cidade. Na coluna social, o que uma coisa tem a ver com a outra?
Veja crítica embasada em evidências a respeito da reportagem da NBC que um eletrofisiologista americano colocou em seu blog.
Caro Luís,
ResponderExcluirApesar de não ser médica, li diversos artigos no seu blog e adorei os seus pontos de vista sobre os diversos assuntos. Concordo inteiramente quando constata os exageros da medicina ao indicar inúmeros exames de rotina ou medicação/procedimentos desnecessários. Os nossos governantes deveriam estar mais atentos às produções científicas pois economizariam milhões no SUS...
porque se deve fazer o ablação? o meu irmão fez e deu tudo certo graças à Deus...
ResponderExcluirHá ablação de outras condições, como taquicardia supraventricular, cuja efetividade é muito maior que FA.
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