Promover uma boa aderência de pacientes a mudanças de hábito de vida ou a terapias específicas não é uma tarefa fácil. Uma revisão sistemática publicada no último número dos Archives of Internal Medicine considerou estudos que testaram a hipótese de que apresentar ao paciente o cálculo de seu risco cardiovascular melhora a aderência às recomendações médicas. A maioria dos estudos foram ensaios clínicos randomizados, tendo comprovado benefício da estratégia na percepção do paciente quanto a sua saúde e aumento do desejo de aderir a terapia; porém a mudança no perfil de risco do paciente foi pequena. Por um lado estas evidências sugerem que devemos apresentar claramente ao paciente seu cálculo de risco, por outro lado, isso está longe de ser suficiente.
Esses dados coincidem com nossa percepção de que conversa de consultório (ou campanhas educacionais) pouco influencia a força de vontade das pessoas para aderir a condutas preventivas. Temos que pensar em outras estratégias, discutir mais profundamente como influenciar os pacientes. A publicação dos Archives of Internal Medicine é um passo inicial para esta discussão. Convido todos a colocar nos comentários desta postagem sugestões de novas estratégias de convencimento dos pacientes.
Acredito que campanhas maciças na mídia poderiam trazer benefícios na melhor aderência a mudanças do estilo de vida e tratamentos propostos em termos populacionais.
ResponderExcluirDentro de uma abordagem individualizada concordo que apresentação de escores sejam de grande valia.
Roberto Dultra Itabuna-Bahia