Há dois tipos de análise de subgrupo. Uma confiável e outra não confiável.
A análise confiável é aquela que vem de um estudo onde o resultado da amostra total foi positivo. Por exemplo, um ensaio clínico mostra que a droga é benéfica. Depois disso, se faz análises de vários subgrupos para avaliar a consistência deste resultados de acordo com as características dos pacientes. Este foi o caso estudo OASIS-6, onde o Fondaparinux foi superior ao controle e depois os autores testaram os subgrupos, mostrando que no caso dos pacientes submetidos a angioplastia primária este resultado não é consistente. Veja primeira figura.
A outra situação, comumente encontrada em ensaio clínicos é representada pela segunda figura. Ocorre quando o estudo não mostra benefício da droga na amostra total e os autores ficam tentando desesperadamente encontrar algum subgrupo onde este efeito esteja presente. Neste caso, um resultado positivo pode ser devido ao acaso decorrente das múltiplas comparações. Sempre deve prevalecer o resultado da amostra total.
Falaremos mais a respeito de análises de subgrupo em posts futuros, mas este é o critério principal para julgar esta questão.
Essa idéia errônea de desfechos positivos em sub-grupos onde o desfecho foi indiferente ou negativo na amostra total é um indício de má análise de dados (e, com isso, gerando falsas evidências) ou há alguma situação onde se possa considerar tal análise? Particularmente, esse é um questionamento que tenho...
ResponderExcluirEstas análises servem apenas para gerar hipóteses a serem confirmadas em estudos futuros. Não mudam conduta. Idealmente estas análises devem ser pré-determinadas e em número limitado.
ResponderExcluirUma outra situação em quee esta análise é um pouco mais confiável é quando ocorre a repetição do mesmo resultado em subgupos de trabalhos diferentes.
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