Recentemente chamamos atenção do estudo RE-LY que comprovou a eficácia de um antitrombínico direto como forma de anticoagulação crônica. Há semelhanças interessantes entre esta promissora droga e o que representou o advento da heparina de baixo peso molecular (HBPM) quando do seu lançamento na década de 90. Vejam:
(1) HBPM não precisa de controle do TTPa, devido a sua previsibilidade de ação. Da mesma forma, o Dabigatran não precisa de controle do TP.
(2) Disfunção renal severa é uma contra-indicação relativa para HBPM, pois se perde a previsibilidade de sua ação. Neste caso, deve-se preferir a alternativa antiga, heparina não fracionada. Da mesma forma, Dabigatran também deve ser evitada em pacientes com disfunção renal severa, pois esta é excretada via renal. Neste caso, deve-se preferir a alternativa antiga, Warfarina.
(3) HBPM tinha custo elevada no seu início, com uso limitado aos hospitais privados; hoje o seu uso é universal. Dabigatran será droga de alto custo e por alguns anos restrita às classes A e B. Quando cair a patente ser tornará mais disponível à população carente.
Parece uma história sendo contada de novo. É a lei do eterno retorno. A história se repete de tempos em tempos.
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