Tendo como base estudos como o Courage, hoje sabemos que mesmo na doença arterial coronária extensa (comprometimento triarterial, por exemplo), o tratamento clínico tem a mesma eficácia que o tratamento intervencionista na prevenção de eventos cardiovasculares em pacientes com doença coronária estável. No entanto, no estudo Courage todos os pacientes realizaram coronariografia antes da randomização. Não sabemos ao certo se podemos tomar nossa decisão de tratamento clínico sem a informação anatômica da coronariografia. Pela lógica sim, mas isso precisa ser demonstrado.
A boa notícia é que o National Institute of Health está planejando o ISCHEMIA Trial (http://www.asnc.org/content_8718.cfm), um ensaio clínico randomizado de 6.000 pacientes. Neste estudo, indivíduos com isquemia moderada a severa na cintilografia ou no eco-estresse serão randomizados para tratamento invasivo ou tratamento clínico antes do cateterismo, que só será realizado no braço invasivo. Portanto dentro de alguns anos estará preenchido este gap de conhecimento e possivelmente reduziremos de forma substancial a solicitações de coronariografia invasiva, a qual leva ao impulso de intervenção (reflexo óculo-estenótico).
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