Como vemos acima, é muito comum propostas de dietas milagrosas, nada ou pouco baseada em evidências. Independente da quantidade de livros e marqueteiros, precisamos avaliar o que existe de científico nisso tudo.
Nos últimos anos, três ensaios clínicos randomizados de pequeno tamanho amostral (60 - 300 pacientes) foram publicados no New England Journal of Medicine, comparando a dieta focada na redução de gordura (convencional) com a dieta focada na redução de carboidrato (estilo Atkins). Estes trabalhos sugeriam que a dieta que prioriza a redução de carboidrato promovia maior redução de peso, porém dois deles tinham seguimento de apenas seis meses. O terceiro trabalho observou que a superioridade da dieta pobre em carboidrato se perdia após seis meses.
Em 2009 foi publicado na mesma revista (NEJM 2009;360:859-73) o maior ensaio clínico randomizado (800 pacientes, IMC = 33 ± 4 Kg/m2), comparando estas duas estratégias, em seguimento de dois anos. Este estudo demonstrou que tanto faz, ou seja, os diferentes tipos de dieta apresentaram a mesma redução de peso, em torno de 4 Kg após dois anos.
Em 2009 foi publicado na mesma revista (NEJM 2009;360:859-73) o maior ensaio clínico randomizado (800 pacientes, IMC = 33 ± 4 Kg/m2), comparando estas duas estratégias, em seguimento de dois anos. Este estudo demonstrou que tanto faz, ou seja, os diferentes tipos de dieta apresentaram a mesma redução de peso, em torno de 4 Kg após dois anos.
Desta forma, estamos embasados para escolher a dieta que se adapta melhor à realidade cultural e social da cada paciente em particular. Não adianta marqueteiros tentarem nos convencer que suas dietas milagrosas são opções superiores. O que importa mesmo é a aderência do indivíduo à dieta.
Boa noite Luís! A public health collaboration sumarizou os 57 ensaios clínicos randomizados feitos até o momento comparando dietas lowcarb com lowfat ( https://phcuk.org/rcts/ ). O resultado até o momento é: 48 ECRs com maior perda de peso em lowcarb, 7 ECRs com maior perda de peso em lowfat, 2 empates. Dos 48 casos em que lowcarb teve maior redução, em 27 delas, a diferença foi bastante significativa, enquanto que nas 7 vezes em que a lowfat foi superior, em nenhuma delas isso aconteceu com diferença relevante.
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